Missio Dei (A Missão De Deus)



Missio Dei (A Missão De Deus

“God’s Mission, Not Ours” (A Missão de Deus, Não a Nossa).
A missão de Deus ao mundo. O método é a Igreja. O tempo é Hoje.

Texto de Referência Mt 28.16-20;
A.     Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra => O Pai dá ao Filho a onipotência.
B.     Portanto, fazei discípulos de todas as nações => Mandato: fazer nas nações discípulos do Filho.
 Batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. => Batizar as nações no nome trino.
C.     Ensinando-os guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. => Mandato: Ensinando-lhes a obedecerem ao ensino do Filho.
D.     E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. => O Filho promete sua onipresença por meio do Espírito Santo.
     
Amados (as), hoje gostaria de falar sobre a MISSIO DEI, alguém saberia me dizer o que é a MISSIO DEI?
Alguém já ouviu falar sobre a MISSIO DEI? Significa MISSÃO de DEUS.
Em um trabalho lido na Conferência Missionária de Brandemburgo, na Alemanha, em 1932, Karl Barth tornou-se um dos primeiros teólogos a articular a missão como atividade de Deus mesmo. Do início ao fim da conferência a influência de Barth foi crucial. O influxo de Barth no pensamento missionário atingiria seu auge na Conferência de Willingen em 1952. Em Willingen reviveu um antigo termo: Missio Dei. Foi lá que a idéia da missio Dei emergiu, pela primeira vez, de maneira clara. Compreendeu-se a missão como derivada da própria natureza de Deus.
Ela foi colocada, pois, no contexto da doutrina da Trindade, não dá eclesiologia ou da soteriologia. Outro nome que se destacou na Conferência de Willingen foi o de George Vicedom, autor da famosa obra Missio Dei: An Introduction to the Science of Mission.
A ênfase de Vicedom foi: “Deus é o sujeito ativo da missão. Deus o Pai enviou o Seu Filho, e ambos enviaram o Espírito Santo. A Trindade envia a igreja e os crentes em particular, para cumprir a tarefa da Grande Comissão”. Ou seja, Pai, Filho e o Espírito Santo enviando a igreja para dentro do mundo.
Deus o Pai enviou o Seu Filho, João 1.1-5 e 1.14 e ambos enviaram o Espírito Santo. João 14.16
A Trindade envia a igreja e os crentes em particular, para cumprir a tarefa da Grande Comissão”. Atos 1.8 e 2.4;  Ou seja, Pai, Filho e o Espírito Santo enviando a igreja para dentro do mundo.
Na Conferência de Willingen reconheceu-se que a igreja não poderia ser nem o ponto de partida nem o alvo da missão. A obra salvífica de Deus precede tanto a igreja quanto a missão. Não se deveria subordinar a missão à igreja e, tampouco, a igreja à missão; pelo contrário, ambas deveriam ser inseridas na missio Dei que se tornou então o conceito abrangente. A missio Dei (missão de Deus) institui as missiones ecclesiae (missões da igreja). A igreja deixa de ser a remetente para ser a remetida. A missão não é primordialmente uma atividade da igreja, mas um atributo de Deus. Deus é um Deus missionário.
Compreende-se a missão, desse modo, como um movimento de Deus em direção ao mundo; a igreja é vista como um instrumento para essa missão.
O conceito Missio Dei emerge num momento de crise na atualidade, em meio à perspectiva do rompimento da cultura moderna e a entrada na pós-modernidade. David J. Bosch conceitua esse termo muito bem em seu tratado de missão intitulado Missão Transformadora.
“Participar da missão é participar do movimento de amor de Deus para com as pessoas, visto que Deus é uma fonte de amor que envia” (Bosch).

Missio Dei afirma que a missão é obra de Deus, que perpassa e supera as barreiras denominacionais e nos lança numa visão ampla a partir da qual compreendermos que Deus interage com o mundo através da igreja.
Zwetsch, ao refletir sobre a missio Dei, tece o seguinte comentário:
Não podemos separar Deus e o mundo. Quando falamos de Deus, imediatamente temos de falar do mundo como âmbito de sua revelação e atuação criadora e salvadora ou restauradora. A atenção e o amor de Deus transcendem a esfera do que entendemos por religião, pois dizem respeito ao mundo todo (humanidade, natureza, cosmos). Assim, podemos entender missão como “participação na existência de Deus no mundo”.2
Com isso, Missio Dei está relacionada ao agir de Deus no mundo, que vive em constantes transformações, estando ela intimamente ligada à natureza de Deus.
Nossa missão não tem vida própria: só nas mãos do Deus que envia pode-se denominá-la verdadeiramente de missão. Nossas atividades missionárias só são autênticas na medida em que refletirem a participação na missão de Deus. A missio Dei é atividade de Deus, a qual abarca tanto a igreja quanto o mundo e na qual a igreja tem o privilégio de poder participar.
“Não é a igreja que tem uma missão na terra, é o Deus da Missão que tem uma igreja na terra.”
Entendendo que missio Dei é a missão de Deus no mundo e a igreja é parte integrante dela, não a criadora da missão, pois essa está ancorada em Deus. Como observa Carriker sobre a origem da missão:
“A missão antes de ter uma conotação humana que fala da tarefa da igreja, antes de ser da igreja, é de Deus. Esta perspectiva nos guarda contra toda atitude de auto-suficiência e independência na tarefa missionária”.
Ele é ativo não só na criação. Através de toda a revelação bíblica se torna patente que o principal agente é Deus. É Deus quem é Criador, quem age quem escolhe, e quem se revela.
O porque é necessário fazer missões?
A Salvação do homem – Romanos 10.13“ Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”
Existem alguns requisitos e/ou ações que devem ser aplicados para que se possa invocar o Nome.
“Romanos 10.14-15 – Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!”
Estes requisitos são:
Um pregador enviado da parte de Deus. – Como pregarão se não forem enviados.
A proclamação da Mensagem. – E como ouvirão se não há quem pregue?
A atenção da Mensagem. – Como crerão de quem não ouviram?
A crença na Mensagem. – Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?
"A missão de Deus ao mundo. O método de Deus é a Igreja. O tempo de Deus é Hoje."HD Lopes
 Deus nos abençoa para Salvar vidas – Genesis 50.20
A mensagem central do livro de Jonas não é a desobediência do profeta e nem a saga do grande peixe. A mensagem central do livro de Jonas é o amor de Deus pelos ímpios, a sua grande compaixão pelos perdidos, a sua imensa misericórdia em favor daqueles que estão debaixo de condenação. Por causa da situação terrível em que se encontravam os ninivitas, Deus lhes enviou o profeta Jonas com a incumbência de chamá-los ao arrependimento.
O livro de Jonas começa com a Palavra de Deus vindo a Jonas, chamando-o a pregar para os ninivitas (Jn 1.1-2); continua com a Palavra de Deus vindo a Jonas, chamando-o, pela segunda vez, a pregar para os ninivitas (Jn 3.1-2); e termina com a Palavra de Deus vindo a Jonas, questionando a dureza de coração do profeta: “Não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?” (Jn 4.11).
Para Deus, o alcance dos não alcançados é a tarefa primordial do seu povo. O povo de Deus foi chamado com o único propósito de glorificar a Deus, levando outras pessoas a conhecerem a Deus. Essa tarefa é tão prioridade, que o Senhor mesmo, como se pode ver no livro de Jonas, está disposto a, literalmente, mover céus e terra, ventos e mares, peixes e plantas, profetas e tudo o mais para que os perdidos tenham a oportunidade de ouvirem a palavra de Salvação.
Se por um lado, o livro de Jonas nos mostra o amor de Deus pelos perdidos, por outro lado, ele nos revela a dureza de coração do povo de Deus.
Sem dúvida, a mensagem do livro de Jonas é uma mensagem bastante atual e relevante para a Igreja de hoje. Nesse tempo em que o mundo cresce, a tecnologia se desenvolve, o conforto aumenta, o individualismo se fortalece, as desigualdades se evidenciam e o pecado reina, o povo de Deus precisa obedecer ao Senhor, sair da zona de conforto e investir no alcance dos não alcançados.

Que a Igreja não seja encontrada insensível, ignorando os propósitos do Senhor e lutando contra Deus.

Conclusão
Temos que entender que missões não é uma atividade que nasce na Igreja ou no coração do homem, missões está no coração de Deus.A missão não é primordialmente uma atividade da igreja, mas um atributo de Deus. Deus é um Deus missionário que enviou seu Filho, e Pai e Filho enviaram o Espírito Santo, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo, enviaram a Igreja.
Quer ser abençoado? Não se esqueça que Deus só vai te abençoar se for para que outras pessoas sejam beneficiadas com sua benção, caso contrário, você vai passar a vida toda, pedindo e pedindo só para você. Vamos nos entregar de corpo e alma na MISSIO DEI, pois entregando nossas vidas para serem usadas por DEUS, da maneira que Ele bem entender, estaremos demonstrando o nosso amor pelas almas, nosso amor pela MISSIO DEI, e consequentemente, nosso amor por DEUS. Amando a DEUS temos uma promessa tremenda em nossa vida,
Romanos 8.28 – E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.

A missio Dei é uma obra exclusiva do Deus Triúno, Criador, Redentor e Santificador por amor ao mundo; porém, é através da igreja que Deus operacionaliza Sua missão de amor ao mundo. A missio Dei não anula a responsabilidade da igreja na evangelização do mundo. Muito pelo contrário. A missio Dei exige as missiones ecclesiae. A profecia de Mateus 24.14 não exclui a igreja. Jesus conta com homens e mulheres que o amam para serem testemunhas dEle a todos os povos através dos tempos. Esse é um ministério do qual a igreja tem o privilégio de poder participar.

O coração de Deus é um coração missionário. A obra missionária está no coração de Deus. Está no seu? “Deus tinha um único Filho e fez dele um missionário”, disse David Livingstone. Jesus teve seus seguidores e fez deles missionários. A igreja do Senhor foi edificada com o propósito de proclamar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (cf. 1Pe 2.9). Por que somos tão egoístas? Por que pensamos tanto em nós mesmos? Não basta dizer (como algumas vezes temos ouvido): “Eu não tenho nada contra missões”. É preciso envolvimento e compromisso com a obra do Senhor. Precisamos amar o trabalho missionário. Existem missões porque Deus ama as pessoas. Temos que gostar do que Deus gosta e amar o que Deus ama. Missões não é um dom, é uma responsabilidade em amor da qual você e eu não podemos ficar fora dela.
A questão principal “Não é se eu impeço ou não a volta de Cristo, mas se Ele vai me achar envolvido com a tarefa missionária quando Ele voltar para recolher os Seus. Não é o orgulho de ser indispensável para o plano de Deus, mas a percepção humilhante de que Deus tem outros instrumentos disponíveis mas escolheu me dar a oportunidade de ser útil em Sua seara” (C. Osvaldo Pinto).


Ministrado na ADS Nova Jerusalém - Paz nO Caminho, Samambaia-DF, 10 de abril de 2016.

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