Frutificando na Fé

"O justo viverá pela sua fé" Hc 2.4-20 (4, 14 e 20)
É no mínimo interessante o modo pelo qual Deus responde o profeta Habacuque. Quem era Habacuque? Onde vivia? Que relação com os caldeus e os israelitas? As perguntas que fizera ao Senhor?
Habacuque é mencionado nas escrituras porem não o é por causa de sua família, ou por qualquer outro dado da sua pessoa. Mas por sua oração pedindo que pusesse Deus fim à devassidão que assolava o povo escolhido. São fortes suas perguntas ao Todo poderoso: Por que Deus demora tanto em castigar a iniquidade? Como Deus poderia deixar seu povo rebelde escapar sem devido castigo? Como Deus poderia permitir que uma nação ainda mais cruel e ímpia que a sua castigasse a essa?
Atônito com situação em que vivia os israelitas, clama aos altos céus e em resposta, descobre que Deus irá julgar sua nação, por meio de um nação densamente ímpia, que por um longo tempo se deliciava nos ganhos da maldade. O império Caldeu, os babilônios, se orgulhavam de sub julgar povos, violentá-los e plantarem uma idolatria vaidosa e violenta. Em meio a este quadro tenebroso, surge uma das mais revigorantes mensagens evangelísticas: todavia, "o justo viverá pela sua fé". 
É profunda a observação: "Exultarei no Deus da minha salvação" Hc 3.18. Seu nome significa abraço, sugere-se que tenha sido um músico levita, porem todos o reconhecem com o título de profeta do avivamento. Sua vida nos inspira a viver pela fé, expressa sua fé inabalável na Soberania de Deus e na certeza que Deus é justo em todos os seus caminhos, expõe a revelação do amor divino aos justos e seu propósito de destruir o ímpio, e também, manifesta zelo pelo avivamento Hc 3.2.
H. D. Lopez diz que "Habacuque estava perplexo com o que via na Terra; agora está perturbado com o que houve do Céu". O silêncio de Deus o inquietou diante do forte crescimento da iniquidade e da depravação que vivia seu povo, motivo que o leva a orar, porém ficou em desespero com o que Ele, Deus, responde.
Por vezes, oramos e pensamos não ser ouvidos por Deus. Queremos saber porque Ele não faz nada, a não ser tolerar a perseguição, a violência e a destruição dos justos. Em seu livro, aprendemos que por vezes: a esperança nasce do desespero. No livro do profeta se encontra a primeira citação da celebre expressão: "o justo viverá pela sua fé", mas não está apenas aí, para os Romanos e a igreja da Galáxia o apóstolo Paulo recita as fortes palavras derivadas desde contexto, aos Hebreus Lucas a apregoa novamente. A antiga dualidade entre o favor de Deus ao justo versus ao soberbo, ressurge nas entrelinhas desta Palavra profética, é um livro que fala além da sua geração. O soberbo é aquele que em atitude de orgulho, perversidade e insaciável dependência de si mesmo, lucra em meio as relações de forma espúria, amoral e alheia de Deus. Dando força ao antigo adagio: semeadura maldita, colheita desastrosa.
Num país que exalta o tema do malandro, do vagabundo, do mais "espertos", a leitura desse livro certamente revela que os aparentes passos largos de nossa nação, a conduz ao acerto de contas final. Há ações correntes e altamente realizáveis neste mundo, que não creditam um centavo de valor diante do Senhor Jeová. No capítulo dois respondendo ao profeta Deus sentencia o roubo, a ambição orgulhosa, a violência, a embriaguez e a idolatria. São crimes que por vezes não serão julgados nos tribunais desta Terra, mas perante aos olhos dAquele que tudo vê e, perscruta os pensamentos não poderá se esconder.
É revigorante este saber ao justo. Cristo é a nossa Graça salvadora, mediante a infalível fé gerada a partir do que Deus diz em sua Palavra. "O justo viverá pela sua fé", e isto é dom de Deus foram assim que os antigos encontram o equilíbrio na balança da justiça, alcançaram as promessas, fecharam as bocas dos leões, ar condicionaram a força do fogo, embotaram o fio da espada e no fim a ressurreição eterna lhes coroará.
Por consciência da falta de tempo a leitura. Para entendermos o ensino, é preciso que ressaltemos certos princípios, que repassarei a seguir:
  • os acontecimentos históricos devem ser interpretados à luz do Reino de Deus - é enganosa a crendice que os fatos contemporâneos estão alheios ao interesse divino.
  • Perplexidade diante dos acontecimentos correntes não é experiência nova - historicamente os escândalos se repetem, "nada há de novo debaixo dos céus".
  • Dois caminhos da vida possíveis: o caminho da razão e o da fé - em tempo de escolha não se iluda.
  • A inevitável necessidade de escolher entre essas alternativas - por mais criativa que seja a mente humana, só lhe restará uma única escolha viver entregue a racionalidade incrédula, ou a fé perseverante.
  • Certeza absoluta da destruição do mal e da vitória de Deus - Amém. 
Os impérios em sua opulência julgaram-se invencíveis, mas caíram. Warren Wiersbe diz que a glória da Babilônia foi efêmera, mas a Glória do Senhor permanecerá para sempre. Os inimigos de Deus e do seu povo podem ser aguerridos; mas com diria o apóstolo Paulo aos Filipenses 2."9Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, 10para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. 12De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor;"
Habacuque em Deus nos convida a trilhar o caminho do assombro, à fé; dos temores, à fé; dos gemidos, a fé; das correntes, à fé. Na certeza que teu redentor está de pé, cada justo na face da Terra: corram bem vossa carreira, mantendo fé. Pois "o justo viverá pela sua fé".
Paz nO Caminho!!
Pr Flávio Teles
Pr Formiga

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