Estudo da Carta de I Coríntios - Liberdade Cristã Responsável
Capítulo 10
Título: Liberdade Cristã Responsável
Versículos
Chave: Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não
caia.. 1 Cor 10.12;
Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um
só corpo; porque todos participamos do único pão. 1 Cor 10.17;
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas,
mas nem todas edificam. Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de
outrem. 1 Cor 10.23, 24;
Ponto de Partida:
A liberdade cristã
não é regida pelos seus direitos, mas pelo amor. Hernandes Dias Lopes
O exemplo negativo do povo de
Israel no uso da liberdade. Fala-nos de duas grandes lições: nossa experiência
religiosa deve ser regida por vigilância, cautela e precaução, e a segunda diz
que a nossa liberdade cristã deve ser balanceada com a responsabilidade cristã.
Soberba e Vaidade de um tocador de trombetas das suas próprias virtudes, o
coloca a beira da queda.
1. Advertências da História 10.1-13
Paulo parece introduzir um
assunto inteiramente diferente em 10.1-13, mas um exame mais minucioso mostra
continuidade com a passagem anterior (9.24-27). Ele se volta à História para ensinar aos leitores a lição que os
israelitas tiveram de aprender à medida em que viajaram do Egito, através do
deserto, até a terra prometida. Num certo sentido, estes israelitas estavam
ocupados numa competição de fé na qual somente duas pessoas, Josué e Calebe,
receberam uma bênção. A comparação
sugerida é com a corrida a pé (9.24) na qual todos os corredores participam,
mas só um leva o prêmio. “O único corredor a quem o juiz da competição coroa
corresponde àqueles dois israelitas fiéis, os únicos a quem foi dado entrar na
Terra Prometida.” Frederic Louis Godet, Commentary on First Corinthians (1886,
reedição, Grand Rapids: Kregel, 1977), p. 478. Por que os israelitas pereceram no deserto? A despeito dos milagres que Deus realizou para tirá-los do Egito, esses
israelitas não tinham fé em Deus. Eles atravessaram o Mar Vermelho, não
lhes faltou à comida de cada dia (o maná), beberam água de uma rocha, foram
abrigados do sol escaldante pela nuvem que os acompanhava e receberam muitas
outras bênçãos. Em vez de adorar a Deus, os israelitas serviram a ídolos que
tinham trazido consigo do Egito (Am 5.26). No Monte Sinai formaram um bezerro
de ouro (Êx 32.1-6) e o adoraram. Esses israelitas rebeldes fracassaram na
prova da fé, e agora Paulo dá a entender que esses coríntios que se ocupam da
idolatria, semelhantemente, não servem a Deus.
Em
todas as suas epístolas, Paulo expressa
o desejo de não ver seus leitores ignorantes de certos fatos. Rm 1.13;
11.25; 1 Cor 12.1; 2 Cor 1.8; 1 Tes 4.13.
Para dissipar a ignorância deles, ele faz referência tanto a intenções e experiências pessoais quanto a
verdades espirituais. Essas verdades espirituais ele aplicará mais tarde à
pergunta que fizeram com respeito a comer carne que foi sacrificada a um ídolo.
Moisés
e Jesus. Cristo redimiu seu povo do pecado e da morte, enquanto
Deus, por intermédio de Moisés, libertou os israelitas da opressão do Egito e das
águas destrutivas do Mar Vermelho. Moisés serviu como mediador desse primeiro
pacto, que se tornou obsoleto, mas Cristo é o Mediador do novo pacto (Hb 7.22;
8.6; 9.15).
Assim como a passagem pelo Mar
Vermelho simbolizou o fim da escravidão de Israel e seu começo como nova nação,
o batismo para o cristão significa uma separação do pecado e consagração a
Deus.
Moisés bateu numa rocha no Monte
Horebe (Êx 17.6). E bateu numa rocha em Cades (Nm 20.11). Sl 78.15,16;
Paulo
lista cinco exemplos históricos tirados desse mesmo período. Alguns
dos incidentes se sobrepõem:
1. cobiçando comida (Nm 11.4)
Cobiçar as coisas más.
2. entregando-se à idolatria (Êx
32.4, 6, 19)
3. cometendo imoralidade (Nm
25.1-9). Prostituição.
4. provando o Senhor (Nm 21.5).
Tentar a Deus e a Cristo.
5. murmurando (Nm 14.2, 36;
16.1-35).
Será que a maioria dos coríntios
vai perecer como os israelitas no deserto?
O povo que agora perdeu o
apetite. (Nm 11.4-6) Na verdade possui-a ganância, a ganância é idolatria (Cl
3.5).
v. 8; Nem pratiquemos imoralidade sexual como alguns deles
praticaram, quando em um dia vinte e três mil caíram mortos.
v. 9; E não ponhamos Cristo à prova, como alguns deles
fizeram e foram destruídos por cobras.
Os guerreiros vitoriosos de Israel
demonstraram sua impaciência recusando-se a aceitar a liderança divina; eles
receberam sua justa recompensa. Consequentemente, os crentes nos tempos do Novo
Testamento (incluindo Paulo e os coríntios) não devem seguir suas próprias inclinações.
Eles têm de esperar pela resposta à oração e pelo direcionamento providencial
de Deus.
Oitos
maneiras possíveis de tentar a Deus:
Murmurar, Incredulidade, Rebelião, Provocar a Deus, Voltar
atrás, Endurecer o Coração, Cobiça e Pecado, Idolatria.
v. 11; Ora, essas coisas lhes aconteceram como advertência e
foram escritas para nossa admoestação, sobre quem os fins dos tempos chegaram.
v. 12; A
palavra cair aponta para uma falsa segurança. Quando Paulo emprega essa
palavra, ele se refere àqueles coríntios que colocam sua confiança em ser
membro da igreja ou no batismo e na comunhão, mas não em Jesus Cristo. Esses
coríntios confiam no próprio discernimento e na “sabedoria” colhida de seus
semelhantes (3.18). Com corações que não estão acertados com Deus, são
autoconfiantes. Em lugar disso, Paulo aconselha que tenham a fé de uma criança
para confiar em Deus dia a dia. A segurança espiritual deles deve vir da fé
verdadeira que confia em Deus para cumprir as promessas dele.
Davi pergunta: “Quem há de permanecer no seu santo lugar?”
Quem pode ficar de pé no santo lugar [de Deus]?” E ele responde: “O que é limpo
de mãos e puro de coração... Este obterá do Senhor a bênção e a justiça [a
vindicação] do Deus da sua salvação” (Sl 24.3-5).
11.1 Sejam meus imitadores, assim como eu sou de Cristo.
Quando o Novo Testamento foi dividido em capítulos,
infelizmente esse versículo tornou-se o primeiro versículo do capítulo 11. O
contexto mostra claramente que ele opera como enunciado final do capítulo 10. Paulo
dá o exemplo e implora que seus leitores o sigam. Ele próprio procura emular a
Cristo, em cujos passos todos os crentes precisam
andar (1Pe 2.21). Nós seguimos Cristo, não no sentido de
suportar a agonia e a dor no Getsêmani e no Calvário. Mas é mostrando nosso amor
e gratidão e guardando seus preceitos que caminhamos nos passos dele.
Considerações Práticas em 10.27-33
Temos a tendência de relegar a mensagem dessa passagem ao
século I. Naquele tempo, o evangelho entrou no mundo para substituir uma
cultura pagã por um estilo de vida cristão. O conflito entre o Cristianismo e o
paganismo grassou por todo o mundo antigo. Mas hoje a batalha não cedeu, nem
foi assinada uma trégua. Embora as culturas tenham mudado e o ambiente seja
diferente, a luta em si continua. Os cristãos precisam ser sinceros, honestos,
confiáveis, prudentes e eficientes nesta luta. Mas as pressões constantes sobre
os cristãos no mundo de hoje os testam. Vigiados de perto pelo mundo, espera-se
que os cristãos honrem sua palavra, mantenham sua integridade moral e evitem
até mesmo a aparência do mal. Em transações comerciais, como em ajuntamentos sociais,
em tarefas especiais, os cristãos precisam tomar decisões que muitas vezes
exigem concessões. Será que podem às vezes obscurecer a verdade na propaganda,
na contabilidade ou nas informações? Os cristãos devem recusar firmemente tomar
álcool, sejam quais forem as circunstâncias? E devem os cristãos observar
sempre a santidade do Dia do Senhor, não importa onde e com quem estejam? Paulo
responde a esses dilemas dando o princípio básico de fazer tudo, até as
atividades comuns de comer e beber, para a glória de Deus. Os cristãos que amam
o Senhor de coração, alma e mente, e amam seu próximo como a si mesmos farão
tudo para agradar seu Senhor. Para eles, como no caso de Paulo, Deus é central
em todos os aspectos da vida. A consciência de Paulo estava livre na presença
de seu Senhor.
Duas coisas que não devemos fazer: comer de duas mesas e
beber de dois cálices.
Não buscar o próprio proveito, mas dos outros. Comer, beber
e fazer tudo para Glória de Deus.
Paz nO Caminho! Pr Flávio Teles – ADS Gileade
Comentários
Postar um comentário