HOSPITALIDADE LUGAR DE COMUNHÃO

Rm 12.13 “acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade

Hebreus 13:2 – Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, 

sem o saber acolheram anjos.

Quem gosta de ser bem recebido? O que você sentiu quando foi bem tratado num lugar estranho?

Definição: Pessoas que estão dispostas para “abrirem os braços, abrirem seus lares e receberem calorosamente os que necessitam de amizade, aceitação, alimento e abrigo. ”

Paulo ensinou que o presbítero, o bispo, deve ser hospitaleiro (1 Tm 3.2; Tt 1.8). Mas só estes devem praticar tal boa obra? Não!! Também as viúvas I Tm 5.10; e todo servo de Cristo Rm 12.13.

Existem aspectos negativos que levam as pessoas a não praticarem a hospitalidade cristã?

• O ativismo habitual do século presente;
• O desgosto com hospedes folgados, mau educados e inconvenientes - Sem noção;
•  A violência - sensação de insegurança pela presença de estranhos. Cuidados básicos são necessários.

Neste estudo, ressaltaremos a importância da realização de atos de convivência entre os membros da igreja local, em vista da ordem divina para que cada cristão em todas as eras que sejam hospitaleiros, amigos do bem e explorem os benefícios da paz com todos. Cremos que Deus oferece promessas de bênçãos e prosperidade para os que praticam, além de contribuir positivamente para integração e comunhão da igreja.

Analisando o texto de Hebreus 13.1-6. O autor está revelando 5 aspectos intrínsecos a vida cristã:
1. Amor fraternal; 2. Hospitalidade; 3. A simpatia para os que padecem tribulação. 4. A pureza e; 5. contentamento.

No capítulo de Hb 12, o escritor está deixando claro que todos nós estamos participando de uma carreira. Esta corrida é o teste da fé, que durará por toda a vida neste mundo. Um acentuado paralelo descrito aqui: nós que estamos em Cristo devemos estar com os pés na terra, mas os olhos no céu. A vida secular e a vida espiritual perante o reino de Deus, andam juntas.

É como se o autor de Hebreus dissesse:  "Perante vós se apresenta uma dupla opção: ou permanecer fiéis e inamovíveis em Deus para que, quando vier o dia em que o universo seja abalado até a destruição, sua relação com Deus se mantenha salva e segura; ou ser desleais a Deus e neste mesmo dia, que poderia ser sua salvação, permute-se num fogo que consuma até a destruição".   É um pensamento lúgubre mas que contém uma verdade eterna e inalterável: se um homem for fiel a Deus ganha tudo; se pelo contrário for infiel a Ele, perde tudo. Nada interessa no tempo e na eternidade salvo só a lealdade a Deus. W. Barclay

Neste tom faz alguns alertas no capitulo 12:

V. 1 “Deixemos de lado todo embaraço e pecado, com paciência corramos a carreira que nos está proposta”. Deixando de LADO!! As vezes na temos uma maior interação uns com outros, por pequenos embaraços da caminhada. Superar estes é a nossa missão, o povo da reconciliação.

V. 2 “Corram olhando pra Jesus, Autor e Consumador da Fé... veja seu exemplo de sofrer afronta”.

Se tem um forte embaraço na vida é a acusação de imperfeição no outro. De incompatibilidade de gênios. Nosso prisma, a pedra de esquina das relações interpessoais é Cristo. Olhemos para Ele.

V. 3 “Tenham atenção as contradições que Ele enfrentou, para que não enfraqueçais”. Andando na vontade de Deus, podemos sofrer adversidades. Perante estas devemos buscar a Deus e examinar a nossa vida, também somos imperfeitos.

v. 4 “Resistam até o sangue combatendo contra o pecado”. Facções, discórdias e dissensões são frutos da carne, concupiscências Gl 5. Nas noites escuras da alma, Deus está conosco e nos livra da morte. Amarguras adoecem a alma, causam sentimentos horríveis e impede nossa jornada para Canaã celeste.

v. 5-11 “Não desmaies quando, por ele, fores repreendido”. Deus exorta seus seguidores para uma vida de comunhão. Corrige a quem ama, açoita quem recebe por filho”.

v. 12 A partir deste verso exorta à santidade. Portanto, “tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados, fazei veredas direitas para os pés”.

Hebreus 12.14 Procurem ter paz com todos e se esforcem para viver uma vida completamente dedicada ao Senhor, pois sem isso

ninguém o verá.15 Tomem cuidado para que ninguém abandone a graça de Deus. Cuidado, para que ninguém se torne como uma

 planta amarga que cresce e prejudica muita gente com o seu veneno.

Segui... a paz com todos e a santificação. Ser santo é estar separado do pecado e consagrado a Deus. “Ficar perto dele, buscar sua presença, justiça e comunhão"

Fé e santificação formam uma unidade como duas manifestações inseparáveis de vida da relação do fiel com Cristo.

Santidade e Comunhão é o propósito de Deus para os seus seguidores, Ef 4.21-24;

• Consta no plano da salvação;
• No objetivo da sua entrada na terra;
• Na obra vicária na cruz.

Sem santidade ninguém poderá ser útil para Deus. 2 Tm 2.20,21 (tipos de vasos numa casa, mas quem se purificar será para honra, santificar e pronto para ser usado por Deus); ninguém poderá ter intimidade nem comunhão com Deus. Sl 15.1,2; (este salmo responde à pergunta: Que tipo de pessoa permanecerá perante Deus?)

“Um povo santo, administra seu dom ao outro” Dt 28.9

Está presente administração da hospitalidade no aspecto da Santidade Cristã:

Definição – O termo do grego traduzido por hospitaleiros, “filoxenoi”, significa literalmente “amigo de estranhos”. O homem hospitaleiro cria um ambiente propicio para comunhão.

Hospedar missionários cristãos era importante e fundamental para a igreja primitiva. Sem templos, com hospedarias caras, terrivelmente sujas, e por vezes imorais.

H. D. Lopes diz “o cristão abre não apenas o seu coração, mas também sua casa”. 

Rm 12.13 “acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade; ” Paulo em Filemon 22 solicita que lhe prepare pouso.

Quando os cristãos praticavam a hospitalidade estavam na verdade promovendo a proteção, segurança e livramento dos irmãos a ambientes desagradáveis e impróprios. Assim ofereciam:

• Acolhimento aos desprovidos de abrigo e segurança;
• Realizava a hospitalidade com vistas a reduzir as custas de uma viagem longa;
• Os historiadores afirmam que além de muito caras as hospedarias eram muitas vezes sujas, insalubres e perigosas.
• Ainda, sustentam que por vezes eram lugares de baixa estirpe, de ambiente torpe e imoral.

 Como deve se dar a hospitalidade entre os filhos de Deus:

•  A igreja em Atos 2.42-47, nos exemplifica a força dessa prática. Os irmãos tinham tudo em comum, partiam e compartilhavam uns com os outros. "...partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração". Força evangelística.

• I Pedro 4:9 “Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações”.

O Amor resolve praticamente qualquer situação v.8;

A hospitalidade é o ato de criar um ambiente para cultivar a comunhão.

Sejam prestativos em dar. Sejam generosos com os dons que Deus concedeu a vocês e permitam que todos participem deles. Assim a brilhante presença de Deus se tornará evidente em tudo.

Há destaque para que seja sem murmúrio.

“Um povo santo, administra seu dom ao outro e de maneira nenhuma a bênção se apartará da sua vida” Dt 28.9

• Hebreus 13:2 – Receberam anjos; Alerta: não se esqueçam. Se ponham no lugar deles.

O autor de Hebreus diz que aqueles que davam hospitalidade aos forasteiros algumas vezes, sem sabê-lo, hospedaram anjos de Deus. Pensa na época em que um anjo se apresentou a Abraão e a Sara para anunciar o nascimento de um filho (Gênesis 18:1ss) e do dia em que um anjo foi a Manoá com a mesma notícia (Juízes 13:3s) – ausentando o Anjo da presença da sua mulher, orou a Deus para que voltassem.

Gênesis 18:1-8 – Abraão e Sara – Nos carvalhais de Manre, três varões aparecem à porta da Tenda.

Gênesis 19:1-3 – Ló – Dois anjos à porta de Sodoma. Ló insistiu para que entrassem em sua casa.

·         I Reis 17.1-24 – A viúva de Sarepta e o profeta Elias. Alimenta, acolhe, serve o profeta. Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou. E quando a morte de seu filho, chegou Deus ouviu a intercessão do profeta e ressuscitou o menino.

·         2 Reis 4.8-37 -  A sunamita e o seu filho, acolhem o profeta Eliseu. Mulher rica, diz a seu a marido para fazer um quarto para o Homem de Deus que passava por ali. Ele agradecendo lhe dar a oportunidade de fazer um pedido. Geazi diz que ela não tinha filho. Nasce, morre e ressuscita.

Conclusão

Hospitalidade é a sensibilidade e abertura para criar um espaço para Comunhão.

O cristão abre não apenas seu coração, mas também sua casa.

O cristã é alguém que tem o coração aberto e a casa aberta.

Não basta abrir a casa aos irmãos; precisamos fazer isso com alegria e sem murmuração.

O povo de Deus precisa ser hospitaleiro.

O mundo antigo amava e tinha em honra a hospitalidade. Os judeus tinham o provérbio: "Há seis coisas cujo fruto o homem come neste mundo e pelas quais seu corpo se ergue no mundo futuro". E a lista começa: "Hospitalidade para com o estrangeiro e visitar os doentes".

O exemplo dos patriarcas revela que paira uma bênção bem especial sobre a hospitalidade. Quem concede hospitalidade nunca é apenas alguém que dá, mas também é sempre alguém que recebe.

Precisamente nesta ocasião os filhos de Deus têm a possibilidade de compartilhar e trocar entre si a alegria no Senhor e as experiências de fé. É por isto que o apóstolo Paulo escreve aos Romanos: “Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom espiritual, para que sejais confirmados, isto é, para que, em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha” (Rm 1.11,12).

 Brasília-DF, 02 de novembro de 2016.

ADS Gileade, Paz nO Caminho!!