Trabalhando Pela Paz Mt 5:9
Pelo o que trabalhamos neste mundo? Para construir pontes ou produzir abismos?
As pessoas normalmente pensam nos
pacificadores como mediadores que negociam disputas e resolvem discussões ou
desentendimentos entre duas partes; e isso é exatamente o que precisamos ser em
todos os nossos relacionamentos, seja em casa, no trabalho, na escola, na
vizinhança ou na igreja. A sociedade tem sido amplamente caracterizada por
conflito, ressentimento e contenda, mas como cristãos somos ensinados para “se
for possível, na medida em que depender de vocês, viva em paz com todos” (Rm
12:18).
Basta apenas dar uma pequena olhada no mundo ao nosso
redor que fica claro: a paz não vai acontecer por si só.
As pessoas estão lutando, as
nações estão em fúria e até mesmo nossos relacionamentos mais próximos podem
ser conflituosos e complexos. Felizmente, podemos nos apoiar na sabedoria de
Jesus… O apóstolo Tiago diz “ela é pacífica”.
O Sermão do Monte é uma belíssima
obra; delineia para o cristão os atributos primordiais daqueles que entram no
reino de Deus, apresenta valores próprios de seus discípulos dispostos a
aceitar uma renovação de alma e de comportamento, seus ensinos além de ofertar
o renascimento da nova vida, tem a intenção de manifestar o Espírito de poder
através dos dons oferecer também a nós qualidades majestosas de vida, amor e um
caráter sagrado. Deus procura homens melhores!
“Bem-aventurados os
pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus”. Mt 5:9 NVI
Jesus diz no mundo tereis
aflição. Haverá caos, divisão, mal-entendidos e a necessidade de fazer a paz. Feliz
os que promovem a paz. E é por isso que…
A pacificação requer ação.
A pacificação não acontece sozinha.
A pacificação não acontece sem intenção.
A pacificação não acontece se ficarmos em nossas pequenas bolhas confortáveis.
“Guerreiros e conquistadores, os perturbadores da paz da humanidade, não são de modo algum felizes em suas vitórias, nem aqueles que gostam de envolver os outros em brigas para seu próprio propósito; mas são felizes, que, amando a paz, promovê-la ao máximo de seu poder; eles serão chamados filhos de Deus. Tendo-se tornado semelhantes a Deus, imitando sua maior perfeição, serão reconhecidos por ele como seus filhos e admitidos à participação de sua felicidade; uma honra que aqueles que apreciam a guerra, por mais eminentes que sejam por coragem, certamente perderá, embora seja o objetivo de sua ambição; porque eles a perseguem não pela disposição divina de difundir a felicidade, mas por desejo de espalhar desolação e morte entre seus semelhantes: para que, tendo se despojado da natureza de Deus, eles não tenham título a ser chamado seus filhos “.
A pacificação é um trabalho árduo, mas para aqueles que estão dispostos a se comprometer com isso, aqui estão alguns pensamentos para ajudá-lo ao longo do caminho:
1.
Os pacificadores lideram o caminho com
humildade. Ninguém é perfeito e todos nós precisamos da graça. Ninguém
envolvido em qualquer situação tem tudo planejado. Nenhum de nós é Deus, mas o
denominador comum é: todos nós precisamos Dele. Liderar com uma postura de
humildade é a maneira perfeita de começar.
2.
Os pacificadores lideram o caminho com empatia.
Pode ser bom compartilhar a sua opinião e compartilhar por que ela está certa.
Mas mesmo que você discorde de algo, buscar entender e ouvir respeitosamente a
perspectiva da outra pessoa é essencial.
3.
Os pacificadores lideram o caminho com verdade e
graça. Sempre que Jesus interagia com as pessoas, Ele o fazia com verdade e
graça e precisamos fazer o mesmo. Temos um inimigo real que se opõe a todas as
coisas relacionadas a Jesus, mas nosso inimigo não é o outro.
4.
Os pacificadores conduzem o caminho aos pés de
Jesus. Fora de Jesus, nada podemos fazer. Sem Ele, não somos nada. O único
caminho para a verdadeira paz é através de um relacionamento genuíno com Ele.
Quando percebemos nosso quebrantamento mútuo, bem como nossa necessidade mútua
de Cristo, tudo pode mudar.
Buscar ser um pacificador não
significa que todos os problemas serão resolvidos. Mas quando convidamos Deus
para situações difíceis e nos comprometemos a fazer o trabalho árduo, Ele pode
fazer e fará mais do que ousamos imaginar através de nós.
Pelo o que trabalhamos neste
mundo? Pelo principado de paz.
Bem-aventurados os
pacificadores – Aqueles que se esforçam para impedir contendas, conflitos e
guerras; que usam sua influência para reconciliar partes opostas e para impedir
ações judiciais e hostilidades em famílias e bairros. Todo homem pode fazer
algo disso; e nenhum homem é mais parecido com Deus do que quem o faz. Não deve
haver interferência ilegal e ilícita naquilo que não é da nossa conta; mas sem
qualquer perigo de adquirir esse caráter, todo homem tem muitas oportunidades
de reconciliar partes opostas. Amigos, vizinhos, pessoas influentes, advogados,
médicos, ministros do evangelho, podem fazer muito para promover a paz. E deve
ser tomado em mãos no começo. “O começo dos conflitos”, diz Salomão, “é como
deixar a água sair”. “Um grama de prevenção”, diz o provérbio inglês, “vale um
quilo de cura”. Discussões longas e mais mortais podem ser evitadas com uma
pequena interferência no começo.
Os pacificadores - Um
pacificador é um homem que, sendo dotado de um espírito público generoso,
trabalha para o bem público e sente seu próprio interesse promovido em promover
o dos outros: portanto, em vez de acender o fogo da contenda, ele usa sua
influência e sabedoria para reconciliar as partes rivais, ajustar suas
diferenças e restaurá-las a um estado de unidade. Como todos os homens são
representados em estado de hostilidade a Deus e uns aos outros, o Evangelho é
chamado de Evangelho da paz, porque tende a reconciliar os homens com Deus e
entre si. Portanto, nosso Senhor aqui chama os pacificadores de filhos de Deus:
pois, como ele é o Pai da paz, aqueles que a promovem têm a reputação de seus
filhos. Mas de quem são os filhos que fomentam divisões na Igreja, no estado ou
entre famílias? Certamente eles não são daquele Deus, que é o Pai da paz e
amante da concórdia; daquele Cristo, que é o sacrifício e mediador dele; desse
Espírito, que é o nutridor e o vínculo da paz; nem daquela Igreja do Altíssimo,
que é o reino e a família da paz. Adam Clarke
O primeiro passo para se tornar
um pacificador é receber a paz de Cristo. Não é algo que obramos para alcançar,
mas é um presente dado gratuitamente a todos os que confiam em Jesus como
Salvador. Na verdade, é o dom do próprio Cristo, que é adquirido na salvação.
Quando confiamos em Jesus e em Sua morte como pagamento por nossos pecados, não
apenas temos paz com Deus, mas nos tornamos Seus filhos amados. Naquele
momento, um relacionamento eterno com Cristo é estabelecido, e onde Ele está,
há paz.
A palavra paz significa ligar ou unir;
significando unidade sem conflito ou ansiedade; e esse deve ser nosso objetivo
em todos os relacionamentos. Embora outros possam rejeitar nossas tentativas de
pacificar, devemos lembrar que Jesus disse que somos abençoados porque, como
filhos de Deus, refletimos o caráter de Cristo em nossa conduta, conversa e
interação com os outros.
Na noite anterior à Sua crucificação, Jesus deu aos Seus discípulos uma promessa surpreendente: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (João 14:27). Jesus não estava dizendo que a vida sempre seria tranquila, mas que eles teriam paz de espírito e coração, mesmo que suas circunstâncias fossem dolorosas, difíceis e incertas. Este é o mesmo tipo de paz que Jesus promete a todos nós que pertencemos a Ele; e uma das evidências desse relacionamento com Cristo é que nos esforçamos para nos tornarmos pacificadores.
Filhos de
Deus – Mateus 1: 1 São aqueles que se
assemelham a Deus, ou que manifestam um espírito como o dEle. Ele é o autor da
paz 1 Co 14:33 ; e todos os que se esforçam para
promover a paz são como Ele e são dignos de serem chamados filhos.
Jesus deu Sua vida para fazer a
paz entre Deus e os pecadores, e quando levarmos essa mensagem de paz a outros,
nos tornamos pacificadores. Deus se deleita daqueles que reconciliam outros a
Ele – aqueles que anunciam boas novas, que proclamam a paz, que trazem boas
notícias, que proclamam salvação, que dizem a Sião: “O seu Deus reina!” são
chamados de “belos” (Isaías 52:7). Quão formosos são, sobre os montes, os pés
do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que
faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!
Eles serão chamados filhos
de Deus – isto é, são e serão de propriedade de Deus como seus filhos
genuínos, por causa de sua grande semelhança com ele: pois Ele é o Deus
da paz e do amor, e está em Cristo reconciliando o mundo para si
mesmo, não imputando suas ofensas a eles. E, sendo seus filhos, eles são
seus herdeiros, herdeiros de Deus e herdeiros em conjunto com Cristo;
e, como sofrem com ele, serão glorificados juntos.
Somos chamados a ser
pacificadores em nossos relacionamentos, porque a paz interna que Cristo dá
também deve transbordar em nossos relacionamentos com os outros. Sempre que
experimentamos desentendimentos ou conflitos, Ele pode nos dar paz de espírito
para reagir de uma maneira piedosa que neutraliza a agressão e a hostilidade.
Como Paulo disse a Timóteo: “Instrua com mansidão aqueles que se opõem, na
esperança de que Deus os leve ao arrependimento e, assim, conheçam a verdade”
(2 Tm 2:25).
Deus, por favor, ajuda-me a viver
em paz com os outros. Senhor! Mesmo quando Te magoam, odeiam e zombam de Ti,
ainda demonstras amor, misericórdia e paz e nos convidas a experimentar e
compartilhar da Tua paz perfeita. Então, peço que transformes a maneira como
penso e ajo. Faz-me diligente para espalhar a paz em vez do medo e o amor em
vez do ódio. Em nome de Jesus. Assim Seja.
Sobradinho-DF,
06/07/2022.
Paz n´O Caminho!!
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