Casamento Sagrado, Sagrado Casamento
Casamento Sagrado, Sagrado Casamento
"Mas
no princípio da criação Deus os fez homem e mulher. Por esta razão, o homem
deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.
Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu,
ninguém o separe." Marcos 10:6-9.
“Digno de honra entre todos seja o matrimônio,” Hebreus 13.4
Por que você escolheu se casar? É uma razão bíblica?
De certo modo os tempos modernos “exigem demais” do
casamento. O que seu casamento tem revelado sobre suas atitudes pecaminosas,
comportamentos egoístas e outras falhas de caráter? Em sua opinião porque o
casamento traz à tona tantos problemas de caráter?
Deus é quem nos satisfaz completamente, e não nosso cônjuge.
Se isso é verdade, que contribuição nosso parceiro traz para nossa vida?
Seu casamento é mais do que um pacto sagrado com outra
pessoa. É, uma disciplina espiritual projetada para ajudá-lo a conhecer melhor
a Deus, confiar nele mais plenamente e amá-lo mais profundamente. Dezenas de
livros escritos oferecem orientação para construir o casamento dos seus sonhos,
mas é no evangelho que encontramos a expressão máxima do matrimônio.
E se a intenção principal de Deus para o seu casamento não
for fazer você feliz... mas torná-lo santo? E se o seu relacionamento não
for tanto sobre você e seu cônjuge, mas sobre você e Deus?
O entendimento de que o casamento é uma fonte de disciplina
moral e espiritual dá a nós a real dimensão de sua importância e valor. Veja
que conceito interessante tinha o grande filósofo grego Sócrates:
“De qualquer forma, se
case. Se você tiver uma boa esposa, será um homem feliz. Se tiver uma esposa
ruim, será um filósofo.”
Longe apresentar respostas simples; três passos para uma
comunicação mais íntima, seis passos para uma vida amorosa mais excitante – não
procuro dizer a você como ter um casamento mais feliz. Quero refletir sobre
como podemos usar esses desafios, alegrias, lutas e celebrações do casamento
para chegarmos mais perto de Deus e desenvolvermos o caráter cristão.
Francisco Sales, escreveu em resposta a uma jovem em dúvida
sobre se casar ou não: “o casamento além de ser um compromisso, em certo
sentido poderia ser o mais difícil ministério que poderíamos assumir. O estado
do matrimônio é o que exige mais virtude e constância do que qualquer outro. É
um perpétuo exercício de mortificação... A despeito das grandes e duras
exigências, você poderá fabricar o mel de uma vida santa.”
É uma disciplina espiritual projetada para ajudá-lo a
conhecer melhor a Deus, confiar nele mais plenamente e amá-lo mais
profundamente.
Para se beneficiar espiritualmente do casamento temos que ser
honestos. Temos que olhar para nossos desapontamentos, assumir nossas
atitudes ruis e confrontar nosso egoísmo. Ser livre da noção superficial de
que as dificuldades no casamento podem ser vencidas se apenas orarmos mais e
aprendermos uns poucos métodos simples. A maioria desses passos nós já
descobrimos que funcionam somente em um nível superficial.
Porque? Existe uma questão mais profunda. E se Deus tiver
projetado o casamento para que nos tornar santos, mais do que nos fazer felizes?
Passemos
a observar brevemente o truque do romantismo – paixão, satisfação e excitação.
O romantismo é um conceito recente e frágil. Gary Thomas esclarece:
“Isso não é uma
sugestão de que o romance em si ou o anseio por mais romance seja
necessariamente uma coisa ruim; os bons casamentos se esforçam para preservar
um senso de romance. Mas a ideia de que o casamento possa sobreviver só de
romance, ou que sentimentos românticos sejam mais importantes do que qualquer
outra consideração na escolha de um cônjuge, tem afundado muitos navios
conjugais.”
Uma razão simples para isso é que o amor romântico não
consegue ser esticado, simplesmente se despedaça, às vezes a esposa sente uma
dolorosa hostilidade a seu marido. Muitas vezes é o esposo que é tomado pelo
ódio a sua esposa. Porém, após a reconciliação lá está novamente o sentimento
de apreço e amor. O amor romântico não consegue resistir a isso. Nunca pode ser
esticado, simplesmente se despedaça.
O amor maduro, o matrimônio fundamentado na aliança, na
promessa, é o
tipo necessário para se obter um bom casamento, pois a condição humana
pecaminosa é tal que todos nós carregamos emoções contraditórias. “Seu ódio é
real, assim como seu amor é real”, diz Katherine Anne Porter. Essa é a
realidade do coração humano, a inevitabilidade de duas pessoas pecadoras se
comprometendo a viverem juntas, com todas as suas falhas, para o resto de suas
vidas.
Um casamento exige o melhor e o mais elevado de nossos
ideais. Um amor maduro.
O matrimônio é uma bênção que antecede a Queda e que
permaneceu mesmo depois da expulsão do paraíso. O casamento cristão é um meio
excelente para se glorificar a Deus e um desses meios para a glorificação, é
justamente a relação sexual. O sexo no matrimônio não é um pecado consentido e
nem um mal necessário, mas um canal de bênçãos e sim, um meio de santificação
recíproca entre os cônjuges.
Dois princípios interessantes, o primeiro que o casamento é
um antídoto para a solidão do homem; Segundo foi estabelecido por Deus para que
o homem e a mulher pudessem participar da felicidade de Deus e serem a causa de
alegria e satisfação um para o outro.
No século 18 foi implementada uma ideia fantasiosa pelos
poetas, trazendo uma noção absurda sobre o amor, como uma eterna primavera e o
casamento como uma aventura pessoal destinada a produzir felicidade pessoal.
Mas, a maior força do casamento não está no romance e sim na aliança,
na promessa.
Concordo com W. H. Auden quando diz:
“Como tudo aquilo que
não é o resultado involuntário de emoção fugaz, mas criação do tempo e da
vontade, qualquer casamento, feliz ou infeliz, é infinitamente mais
interessante do que qualquer romance, ainda que apaixonado.”
Vejamos o que nos afirma o autor da carta aos hebreus em
várias versões bíblicas Hb 13.4a; “Venerado seja o matrimônio,” ou “Horando
seja o casamento,” ou “Digno de honra entre todos seja o matrimônio,” ou “Considerai
o matrimônio com respeito e conservai-o.”
A condição humana pecaminosa é tal que todos nós carregamos
emoções contraditórias. As vezes pode odiar o marido a quem ama fielmente. Tão
feroz e misteriosamente quanto odiou seus pais, seus irmãos e irmãs, a quem
ama, quando era criança. Está presente em nós um elemento, sua própria natureza
que não podemos controlar.
Um
casamento exige o melhor e o mais elevado de nossos ideais. Quase o impossível.
Existe uma significativa diferença entre apaixonados versos
considerar a intenção de lealdade a uma parceria de ajuda mútua, preservação da
castidade e a transmissão da vida. Muitos consideram como algo menor do que uma
torrente de emoções diz C. S. Lewis em “Cartas de um diabo ao seu aprendiz”
Alguns vivem em uma montanha russa romântica, outros caiem em
uma guerra civil conjugal, um jogo de poder agressivo, um parceiro culpa o
outro pela insatisfação pessoal ou falta de entusiasmo. Outros decidem “ir
levando”. Outros podem optar por buscar um significado mais profundo, uma
verdade espiritual oculta na forçada intimidade da situação conjugal.
Podemos fugir dos desafios do casamento, ou podemos admitir
que todos os casamentos apresentam esses desafios, e isso exige que os
enfrentemos com coragem e destreza.
Todos os casamentos enfrentam desafios – podemos supor que
Deus tem um propósito nesse desafio que transcende algo tão ilusório como a
felicidade.
Como reconstruir o meu casamento
1. Compreenda a intenção divina para a união.
É a expressa vontade de
Deus. É ordenado por Deus.
O casamento agrada a
Deus.
2. Trate o seu casamento com honra, respeito, e com veneração.
Lealdade. Parceria. Bom senso. Fidelidade.
“Alegre-se com sua
esposa” e vice-versa Pv 5.15-19;
3. O perdão traz cura e a restauração do casamento é um caminho preferível ao divórcio.
O casamento é
monossomático Mc 10.8. “serão os dois uma só carne”. Os dois foram feitos
completamente uma para o outro.
Uma intimidade tal que
não pode ser separada. União emocional e espiritual, mas sobretudo, física.
Como você reage a ideia de que Deus possa ter criado o
casamento mais para nos tornar santos do que para nos fazer felizes?
Algumas aplicações:
Não existem famílias fortes sem casamentos bem estruturados.
Não existem igrejas saudáveis sem famílias fortes.
Não existem sociedade bem estruturada onde as famílias que a
compõem estejam se desintegrando.
Nenhum sucesso compensa o fracasso do casamento e da família.
Não fomos chamados para imitar o mundo, mas para ser um
referencial de Deus no mundo. O povo de Deus precisa mostrar ao mundo
casamentos sólidos, famílias unidas e regadas pelo amor maduro.
Somos casados perante Deus numa aliança alicerçada pela
promessa.
Devemos descobrir nos desafios do casamento, as oportunidades
de aprender mais a respeito de Deus, crescer em nossa compreensão dEle e
aprender a amá-lo mais.
Paz n´O Caminho!
Brasília-DF, 12 de junho de 2021.
https://www.ultimato.com.br/conteudo/reforma-e-casamento, por Luiz Fernando dos Santos. Acessado em
03/11/2021.
Casamento Sagrado, Sagrado Casamento. Gary Thomas
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