Não mexa nos meus ídolos!
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Não mexa nos meus ídolos!
A civilização pós-moderna de forte senso de autoconhecimento e globalização exacerbada, ver sua cosmovisão nacional fortemente questionada e violada pelos processos de modernização complexos e veloz. A sociedade das mudanças ver-se confrontada todos os dias em sua cultura, interesses e escolhas. O presente e o passado se alternam rapidamente o moderno e o clássico mutuamente coexistem. As informações são tantas que não cabem no HD interno.
A via de regra é, esteja aberto
as mudanças, repensem seus conceitos reformule sua existência, afirme sua
essência.
Dentre os pontos marcantes dessa
matriz de relacionamentos. O homem hoje, com o homem do amanhã uma coisa não
lhe escapa. Atrelado a sua existência sua semelhança com o primeiro homem,
Adão, perpetua. Até quando? Há uma identidade entre o indivíduo e o grupo de
alguma forma mística. O pecado de Adão se transfere ao homem em representação
realística de um grupo, do gênero humano. Ele incorpora a função como uma
personalidade coletiva. Faz com que sua rebelião contra Deus seja a revolta da
sua raça.
A solidariedade da raça humana no
pecado é fato inconteste! Porém, ainda que paire sobre suas sombras a
tenacidade do seu afastamento, fica claramente perceptível quando se sentem
ameaçados em suas “criações divinas”, seus ídolos. - Não mexa com meus ídolos!
É o protesto mais comum em nossos dias. As esperanças são postas naquilo que
eles próprio moldaram. A imagem e a realidade são uma coisa só.
A desgraça do homem em seu
afastamento de Deus, decorrente da sua submissão a Carne e ao pecado, é muito
mais clara quando nos aproximamos mais da Luz, do evangelho da graça. A ideia
de todas as gerações participarem do êxodo é mais explicita a cada dia.
Resolvi, não citar nenhum ídolo
neste texto. Afinal, lendo esta página pode estar alguém disposto a tudo para
proteger seus próprios ídolos. – Não mexa nos meus ídolos! Pode ecoar de muitos
lados.
O vazio do homem é do tamanho de
Deus! Um pseudo amuleto, um semi-deus não outorga jamais ao seu detentor, a
alegria e a liberdade, luz e redenção. – Não mexa nos meus ídolos!
É um notável reconhecimento de
que o indivíduo é mais do que um ser isolado arrancado de seu grupo; pelo
contrário, ele é um indivíduo como tal porque faz parte do grupo de onde surge.
Afirma R. Shedd “assim o grupo é um indivíduo coletivo que existe por
intermédio dos membros que o constituem”.
“Filhinhos, guardai-vos dos
ídolos” 1 Jo 5.21. Ídolo é tudo aquilo que ocupa o primeiro lugar nas nossas
vidas. Em Juízes 17 vemos a idolatria passando de uma geração para outra, Mica
obteve das mãos de sua mãe seu objeto de veneração. O filho rouba 1.100 moedas
de prata de sua mãe, ao devolver, ela o presenteia com uma obra criada a partir
da prata roubada. Seu objeto de desejo, torna-se agora o seu deus. Que
infelicidade! O maior tesouro que os pais podem dar aos filhos é criá-los no
caminho do Senhor (Pv 22.6; Ef 6.4), e dar-lhes educação e preparação para a
vida (2 Co 12.14).
E como um pouco de fermento
levada toda a massa. Essa história continua levando todo o povo de Dã, a se
tornar idolatra (Juízes 18). Começou com Mica e sua mãe e espalhou para todo o
povo.
Ser idólatra não significa apenas
adorar uma imagem de escultura, mas também reverenciar o próprio eu, um objeto,
uma pessoa, ou seja, qualquer coisa que tente anular o dever de o homem cultuar
ao Deus único.
Além, de buscar refletir sobre os
falsos deuses, ocupa minha reflexão a preocupação ao ver o quanto que os
indivíduos erigi seus postes em torno de causas, ideias, posição social, imagem
pessoal, e fantasias. Forjam para si uma fortaleza em torno de seu objeto de
culto. Ao evangelho da graça resistem com todos os seus argumentos
pós-modernos, e areopagitas, não sepultados nos sacorgáfos. É, ao
arrependimento que resistem, fogem a auto responsabilidade, se entregam as suas
cobiças, faz dos seus desejos uma concupiscência e de seus sonhos uma fixação
cega, fria e violenta. São sonhos ou
obsessão? – Não mexa nos meus ídolos! Repito. É o protesto mais comum em nossos
dias. As esperanças são postas naquilo que eles próprio moldaram. A imagem e a
realidade são uma coisa só.
O homem em Adão e em Cristo
ressurge para uma verdadeira gênesis da vida abundante e plena, através da
plenitude da comunhão. Se em Adão comungamos da sua idolatria e concupiscente
escolha, em Cristo Jesus, renascemos para uma inteira devoção ao Pai, em uma
latente adoração ao verdadeiro Criador.
Se os homens numa comunhão
horizontal sob o pecado, unidos em oposição a Deus, compartilha não apenas sua
responsabilidade, bem como, sua sentença. Seja perante uma Torre, uma Arca, ou
a Igreja confundidos naufragarão ante ao Juízo de Deus, ontem, hoje ou talvez
amanhã. Ama-se em primeiro lugar, valorize seus desejos. – Não mexa com meus
ídolos.
“Naquele mesmo dia contarás a teu
filho, dizendo: é isto pelo que o Senhor me fez, quando saí do Egito” Êxodo
13.8. Uma geração dará testemunho a outra oração! De benção ou maldição.
Portanto, temos o dever de dar graças, louvar, glorificar, honrar, exaltar,
celebrar e bendizer aquele que operou todas essas maravilhas para nossos pais e
para nós, de geração em geração tu és Deus, o Eterno. Ele nos trouxe da
escravidão para a liberdade, da tristeza para a alegria, do pranto para um dia
festivo, das trevas para uma grande luz e da servidão para redenção; por isso
digamos diante dele: Aleluia!
Viva de tal modo que não tenha algum ídolo feito pelos homens, e nem pelo nosso coração, tendo apenas Jesus como centro de toda nossa adoração, Ele que é o nosso Deus Bendito eternamente, e a quem pertence toda a Glória.
Brasília-DF, 28 de maio de 2018.
Paz nO Caminho!
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